Cinegrafista relata emoção vivida no desabamento do viaduto da Pedro I

Por Anônimo - 6 de julho de 2014 Nenhum comentário
Quem vê Gleydson Augusto de Menezes, 40 anos, cinegrafista da Rede super, com este sorriso, não imagina a situação de desespero que enfrentou nessa quinta-feira (3). Ele estava parado no semáforo próximo ao viaduto da Avenida Pedro I, em Belo Horizonte, e viu exatamente o momento em que a estrutura desabou.

“Eu estava a caminho do trabalho. Porém, ao olhar o marcador de gasolina do meu carro, tive que parar em um posto da Avenida Pedro I para abastecê-lo. Já estava me preparando para sair do local, quando um frentista do posto deu a volta no veículo, bateu no vidro e me disse: ‘Você gostaria que eu olhasse a água e o óleo do seu carro?’. Eu disse que não precisava, pois já estava atrasado para o serviço. Ele insistiu, e falou: ‘Deixa, isso vai durar um minuto e um minuto pode salvar a sua vida’. Então, concordei e pedi que olhasse. Ele verificou e fui embora. Ao me aproximar do semáforo, um ônibus suplementar entrou na minha frente (veículo que ficou preso abaixo dos escombros), o sinal ficou amarelo, o ônibus avançou e eu resolvi parar. Foi exatamente nessa hora que a estrutura não só desabou em cima desse ônibus, mas também em outros veículos que passaram pelo semáforo”, explicou Gleydson.

De acordo com o cinegrafista, foi um momento de muito desespero, mas também de muita solidariedade. “Parecia uma cena de filme. Era difícil acreditar que estava vivendo aquela situação assustadora e inexplicável. Lembro-me que uma moça parou o carro ao lado do meu e ela estava completamente desesperada. Ela queria tirar o seu carro de lá, mas não conseguia realizar a manobra. Então, conversei com ela para que se acalmasse e, passado um tempo, ela, assim como eu, conseguiu tirar o carro do local. Lembro-me também que várias pessoas começaram a se aproximar para prestar ajuda às vítimas”.


“Após esse primeiro momento de desespero, entrei em contato com os meus colegas de trabalho para avisar o motivo do meu atraso e falei sobre o que havia ocorrido. Eles compareceram ao local, me deram apoio e conduziram o meu carro até em casa, pois estava sem condições de dirigir”, enfatizou.

Ainda, de acordo com Gleydson, o momento mais especial do seu dia, após o desastre, foi a hora em que retornou para a casa e teve o encontro com a família. “Todos os dias, ao chegar a casa, toco o interfone do meu apartamento e o meu filho Matheus, 6 anos, desce correndo as escadas para me receber. Ontem, fiz a mesma coisa e, ele, como sempre, veio me abraçar e me disse: ‘Que bom que você voltou, papai’. Chorei muito naquele momento e não queria parar de abraçá-lo. Só quem é pai de família sabe o que isso representa”, declarou.

Para o cinegrafista, o Senhor provou, mais uma vez, como Ele é um Deus cuidadoso, detalhista e amoroso. “Creio que Jesus realmente é um Deus que salva e que cuida. Ele nos protege e nos mostra, a cada dia, que nossa vida tem um propósito. Que nenhum de nós está aqui por acaso. Hoje, só tenho a agradecer a Deus pela oportunidade que me deu em continuar vivendo”, afirmou. “No momento, o único pedido que quero fazer a Ele é que fortaleça todos os feridos do acidente e console às famílias das vítimas fatais”, finalizou.

Fonte: Lagoinha.com

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