Nos últimos dias a cheia do Rio Madeira deixou mais de 18 mil desabrigados. As águas levaram eletrodomésticos e a terra cultivada das populações ribeirinhas, causando um verdadeiro caos. Para ajudar aqueles que perderam seus bens, o pastor José Valamatos tem realizado trabalhos voluntários nas comunidades atingidas pela pior enchente do Estado desde 1997.
“Estamos lutando para minimizar o sofrimento causado pela tragédia”, disse ele ao Jornal do Brasil.
A situação merece atenção das autoridades e das instituições que queiram ajudar os moradores de Rondônia, pois a água contaminada tem causado doenças, além de impedir que alimentos e água potável chegue até aos necessitados.
O pastor conseguiu doações de uma igreja de Manaus para criar 50 cestas básicas, mas o número não é suficiente para atender a todas as famílias atingidas.
Além de igrejas evangélicas, outras instituições tentam ajudar as comunidades ribeirinhas, mas a ajuda só chega de avião ou barco.
“As pessoas estão comendo praticamente peixe, mas não é só de peixe que se sustenta uma alimentação adequada. Às vezes eles saem para caçar animais e a alimentação acaba sendo basicamente carne”, relata o pastor que tem acompanhado de perto.
Entre os itens básicos que estão em falta José Valamatos cita arroz, feijão, sal, açúcar, farinha e café. Mas as doações ficam prejudicadas pela falta de equipamentos capazes de levar o socorro para todos.
O pastor está preocupado com o que vai acontecer com as famílias que vivem à beira do rios quando as águas baixarem. “Vai ser uma calamidade”, diz. “Agora, eles podem pegar uma canoa e fugir para a cidade ou para lugares altos. Só que as águas vão baixar e tudo vai começar do zero: se casa, sem móveis, sem nada.”
Fonte: Gospel Prime
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