Bem, a Ana Paula Valadão só pôde compartilhar conosco hoje que o vôo dela para o Brasil que tinha conexão em Miami atrasou, teve vários problemas, e fora que o filho dela, o Isaque teve crise de laringite e todo o estresse de uma viagem difícil, mas todas as coisas cooperam.

Oremos para que a vontade de Deus seja feita como sempre nas nossas vidas e na vida da nossa amada Ana Paula Valadão. Confira logo abaixo o relato completo desta viagem escrito pela cantora:

"Queridos,

Como já havia compartilhado com vocês, estou voltando para morar no Brasil depois de quase dois anos de um “exílio voluntário”. Essa “saída” foi claramente guiada por Deus, que, por Sua graça, me trouxe alívio de diversas formas, inclusive me levando ao Brasil e a outras viagens ministeriais mundo a fora, diminuindo meu sofrimento longe nesse isolamento.

A viagem para o Brasil não é curta. As malas são muitas. Não foi fácil nos despedir do Gustavo e deixá-lo sozinho em Dallas. Mas, o compartilhar de hoje é baseado no que me aguardava no desenrolar desta tão importante viagem de regresso à pátria amada. E o texto que marcou o dia foi Romanos 8:28

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.

Eu amo a Deus.

Eu fui chamada segundo o Seu propósito.

Portanto, eu sei que todas as coisas contribuem juntamente para o meu bem.

Precisei manter isso em mente quando, ainda no aeroporto em Dallas, anunciaram que nosso vôo atrasaria 40 minutos (quando se tem uma conexão para pegar, atrasos no primeiro vôo são sempre indesejáveis). Orei, e não me preocupei mais.

Embarcamos e, depois de todo o estress de pessoas tentando achar lugar para suas malas nos compartimentos internos do avião, depois de todos estarem sentados, fomos avisados de que deveríamos descer com todos os nossos pertences para um procedimento de segurança da aeronave que havia sido negligenciado.

Mais uma hora esperando, os meninos já agitados, e a oração para que um milagre acontecesse e não perdêssemos o próximo vôo em Miami, para Belo Horizonte (como é gostoso escrever o nome da minha cidade!).

O cuidado de Deus se manifesta em pequenos detalhes. Como não sabia quanto tempo mais esperaríamos, em um certo momento tive o ímpeto de procurar alguma coisa para comermos além dos biscoitinhos da mala de mão. Eu estava com fome. Pensei em como seria bom achar uma banana (alguém nesses dias de consagração já pensou como eu? Agradeço a Deus pelas bananas!). E também me veio a idéia de comprar algo salgado, como uns pedaços de frango para os meninos, Yuli e eu.

Foi o tempo exato de encontrar a comida e chamaram nosso vôo para embarcar. As duas horas de viagem teriam sido piores sem aquela refeição. Carrinho de bebê fechado, devidamente etiquetado, a mala de mão encontrou lugar no compartimento interno do avião, a mochila com documentos e toda a parafernália de quem viaja com filhos pequenos, quase não coube debaixo do banco (mas já me acostumei a viajar com as pernas um pouco encolhidas) e os meninos, “pendurados” em mim e na Yuliana, estavam agora, finalmente, em seus assentos (ou eu deveria dizer debaixo dos bancos, brincando, ou subindo no encosto da poltrona e quase caindo do lado de lá, chamando a atenção dos passageiros carrancudos atrás de mim?). Bem, o importante é que começamos a voar.

Foi então que a tosse do Isaque piorou e ele começou a reclamar de que não estava conseguindo respirar direito. Peguei a bolsa de remédios que levo sempre em mãos, dei a ele o usual nas pequenas crises de laringite que já teve, mas não parecia melhorar. Agora, com 5 anos, ele sabe descrever sua frustração e não estava sendo fácil lidar com Benjamim agitado (e até gritando no vôo), e Isaque pedindo socorro por estar passando mal (fora o ciúmes entre os dois, a disputa pelos brinquedos, por minha atenção, e o fato de terem colocado a Yuli em outra fileira, o que me fazia parecer viajar sozinha com os dois pequenos).

Ao aterrissar em Miami liguei o celular e li a mensagem do Gustavo: “Amor, fique tranquila. Sua reação vai determinar como os meninos reagirão. Seu vôo para Confins já partiu. Procure a cia aérea”.

E, assim, outra vez tendo que lidar bem com a situação e “segurar” as tensões e inseguranças, saí, aeroporto a fora, procurando um agente da cia aérea que pudesse me orientar. Era mais de meia noite, tudo fechado, e parecia que não havia ninguém trabalhando. Até que Deus me guiou a uma funcionária que me disse o que fazer. Saí da zona de segurança para ir ao balcão da empresa (apesar do conselho da policial que me disse que achava não haver ninguém ali a essa hora, e que eu só poderia reentrar às 4 da manhã para dentro do aeroporto!).

Aleluia! Havia uma mulher no balcão da companhia aérea, que foi muito gentil comigo e com os meninos (como um sorriso faz a diferença!). Pegamos o ônibus para o hotel próximo ao aeroporto e lá para 3 e meia da manhã estávamos dormindo. Então, por volta de cinco horas, Isaque teve a pior crise de laringite de muitos anos. Foi duro ouví-lo dizer que aquele era “o pior dia da sua vida”. Isso partiu meu coração. Ele sabia que precisava de ajuda, pois quando eu disse que o levaria ao hospital ele mesmo quis ir.

Deixei o Benjamim com a Yuli (graças a Deus por esta companheira!) e a recepcionista do hotel me orientou para onde ir com um taxista. Chamei meus amigos Josh e Sara, que prontamente vieram (uma hora de viagem) até nos encontrarmos. (Contei que o primeiro hospital estava fechado? Acho que não, né? E que esqueci a camisa do Isaque, que combinava com a do Benjamim, dentro do táxi? Pois é… Gosto de combinar os dois…).

Acabou que voltei para o hotel e Joshua e Sara já estavam lá. Com eles fomos para outro hospital, onde fomos rapidamente e muito bem atendidos. Isaque ficou bem, e depois de um tempo de observação nos liberaram. Buscamos o Benjamim e a Yuliana (e eu esqueci de perguntar no balcão do hotel se o taxista havia deixadoc a blusa lá…) e fomos para a casa dos nossos amigos.

Até então o plano era viajar naquela noite ainda, chegar em São Paulo, deixar os meninos o dia inteiro na casa de uns parentes da Ezenete enquanto eu filmava uma participação em um programa secular de TV, e à noite finalmente voaríamos para BH.

Foi um alívio ouvir da minha equipe (Júnior e Ezenete) que eu poderia adiar esta gravação, e simplesmente esperar o Isaque melhorar, e viajar no dia seguinte direto para BH. As “oportunidades” ministeriais não podem ser mais importantes do que nosso primeiro ministério, a família.

Assim, já na casa de nossos amigos, depois do Isaque brincar no galinheiro com o Pr Adilson (pai da Sara), balançar na gangorra, comer ovos carinhosamente preparados pela Pra Marta e curtirmos a pequena Anna Priscila (minha sobrinha do coração), enquanto dava banho nos meninos ouvi o Isaque dizer: “Mãe, agora esse virou o melhor dia da minha vida!”

Eu sorri e orei: ” Obrigada, Senhor, por fazer com que todas as coisas cooperem para o nosso bem. Obrigada por transformar algo ruim em bom, nos dando esse tempo precioso com amigos mais chegados que irmãos. Obrigada porque não me deixaste estar com Isaque em crise em pleno vôo, quando seria muito mais difícil conseguir a ajuda necessária. Obrigada porque a Yuliana pode passar esses dois dias com sua mami y avuelita. Como o Benjamim ora antes das refeições, “Papai do céu, bigado, bigado, bigado, amém!”"

E assim, termino meu longo relato. Esperando que nas horas em que as tensões são muitas, e não há o que você possa fazer para mudar a situação, que seu coração creia que tudo vai cooperar para o seu bem. O final da história vai ser um testemunho do cuidado de Deus e de Seu poder para transformar qualquer mal em bem em sua vida.

PS. Favor continuar orando pela total recuperação do Isaque e por nossa viagem ao Brasil (“Com ou sem emoção?” Perguntam os bugreiros nas dunas de Natal. “Desta vez a viagem pode ser sem emoção, por favor!”)"

César Costa DT
(cesarcosta5@yahoo.com.br)

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