"Deus tem sido meu Pai", relata rapaz que perdeu o pai há vinte anos

Por Unknown - 10 de agosto de 2014 Nenhum comentário
Aos 30 anos, Andre relembra aquele dia, pouco tempo depois de seu décimo aniversário, em que recebeu a notícia que mudaria o rumo de sua vida: seu pai havia desaparecido.

O Irã mudara muito depois da Revolução Islâmica de 1979. O racismo e a discriminação religiosa cresceram grandemente naquele período, e o controle aumentou em todas as esferas da sociedade, principalmente na religiosa. Novas regras foram impostas: era proibido realizar cultos cristãos em persa e somente os membros cadastrados poderiam frequentá-los. Além disso, uma lista contendo o nome dos membros deveria ser entregue ao governo.

Na época, Haik era superintendente das igrejas protestantes do Irã. Fiel a Cristo acima de tudo, ele deu a seguinte resposta ao governo: "Meus ministros e eu nunca aceitaremos exigências tão injustas. Nossas igrejas estão abertas a quem quiser entrar". Por causa de sua postura obediente à Bíblia, e não ao governo, Haik tornou-se alvo de ameaças, que se concretizaram em 1994.

Pouco mais de uma semana depois, um telefonema da polícia convidava a família para ir ao necrotério: alguns corpos haviam sido encontrados e não possuíam identificação. Joseph, o filho mais velho, na época com 20 anos, foi até lá e confirmou: um dos corpos era o de seu pai. 

"Quando recebeu a notícia, nossa família ficou arrasada. Éramos conhecidos por sermos uma família muito feliz; nossa casa era vista como um pedacinho do céu", conta Andre. Entender que nunca mais ouviria a voz do pai nem abraçaria aquele a quem tanto amava lhe trouxe, a princípio, uma mistura inexplicável de sentimentos — o medo era um deles, reforçado pelas ameaças que a família continuava a receber. Mesmo assim, Andre nunca deixou de confiar em Deus.

"Eu tinha apenas 10 anos quando meu pai morreu. Hoje, tenho 30. Posso dizer que, nos últimos vinte anos, Deus tem sido o meu Pai. Por isso, nesse Dia dos Pais, digo aos pais que vivam de maneira que seus filhos sigam os seus passos. Tenho muito orgulho de, hoje, poder seguir os passos de meu pai e continuar o seu ministério, alcançando mais e mais iranianos para Cristo. Eu e meus irmãos amamos o Irã, assim como meu pai amava".

Por meio de uma campanha da Portas Abertas, cristãos de diferentes países enviaram cartas, desenhos e cartões postais para a família Hovsepian, com versículos e palavras de ânimo. "Todos os dias, aquelas cartas nos faziam lembrar que cristãos ao redor do mundo estavam orando por nós", Andre conta, abrindo um sorriso de gratidão.

Fonte: Revista Portas Abertas

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