Blog da Ana: Dia 4 - Quando é preciso quebrar o jejum

Por César Costa da Silva - 19 de março de 2011 Nenhum comentário

Dia 4

Neste 4º dia do nosso propósito do Jejum de 40 dias, escrevo para compartilhar algo muito comum, e que acontece quando jejuamos prolongadamente.

Às vezes é inevitável irmos a casas de pessoas que se ofenderiam se não comêssemos o que nos oferecem.

Hoje vou à casa de amigos aqui em Dallas, que desejam se despedir de nós fazendo almoço, jantar, jogos para as crianças, um dia inteiro de festa. O pedido desta amiga americana foi para eu ensiná-la hoje a fazer pão de queijo e brigadeiro!

Posso até fazer os pães de queijo os brigadeiros e não comê-los (pois fazem parte das delícias que tirei do meu cardápio neste tempo). Mas, e quanto à comida que ela está preparando para o almoço e jantar? Posso até disfarçar e não comer a sobremesa, não tomar o refrigerante (coisas que cortei também). Porém, não senti paz em dizer a ela o que eu estou comendo, pois é bastante limitado e não queria constrangê-la.

Na minha experiência de jejuns passados, o que tenho feito é o seguinte:

Se vou à casa de parentes e amigos em situações em que posso compartilhar do meu propósito, eu explico porquê estou jejuando e não como do que têm à mesa. Geralmente fica tudo bem (só meus avós é que ficam muito tristes por não poder me servir suas delícias…).

Se vou a festas de aniversário onde há muita gente, e o fato de eu não comer passa despercebido, tudo bem. Assim, não preciso ficar explicando a todos que estou jejuando (e Jesus disse para não ficarmos espalhando esta notícia… só divulgo para mobilização).

Se vou a uma festa de aniversário pequena, em que não tem jeito de fugir do constrangimento, então, como um salgadinho, e se for necessário, até um pedaço de bolo.

Isso não serve como desculpas para quebrarmos o jejum e comermos de tudo quando realmente não é necessário, hein?

Meu pai era missionário em uma pequena cidade do interior do Paraná quando ainda era bem jovenzinho. Ele visitava as famílias da cidade todos os dias. A cada visita, serviam café e arroz doce. Se não comesse, seria uma ofensa, um tropeço, pois ele era o primeiro a chegar ali com a pregação do Evangelho. Então, mesmo sem querer, meu pai comia 5, 6 vezes, no mesmo dia, o arroz doce com café!

É esse o princípio que quero deixar neste 4º dia. Que nosso propósito de consagração não seja uma pedra de tropeço para pessoas que precisamos honrar e agradar. Que sejamos sensíveis em cada situação. Que não saiamos por aí falando para todos sobre o jejum, pois pode soar como orgulho, dar a impressão de que nos sentimos melhores ou mais espirituais do que os que estão comendo de tudo.

César Costa DT
(cesarcosta5@yahoo.com.br)

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